A FAMÍLIA SOARES DE ALMEIDA EM CEDRO DO ABAETÉ
Primeiros anos
Floripes Maria de Oliveira (Serra do Palmital? - 29 de Junho de 1905 - Abaeté, 12 de dezembro de 1998) era filha do comprador de diamantes (capangueiro) Ulysses José da Silva e Maria José de Oliveira. A família originária da região de Abaeté morava em sua fazenda na beira do Rio Indaiá. Ali ela conheceu seu esposo Pedro Soares de Almeida (Freguesia de Abaeté, 29 de Junho de 1908 - Abaeté, 20 de julho de 1994), conhecido por Pedrinho Almeida, filho de Pedro Caetano de Almeida e Umbelina Soares Siqueira. Seu pai era natural do Carmo do Paranaíba-MG, mas viveu em Abaeté-MG por muitos anos em sua fazenda no Gamelão.
Casamento
Floripes e Pedro casaram-se no dia 15 de setembro de 1924, na antiga matriz de Abaeté - infelizmente demolida em 1935 - cerimônia realizada pelo padre João Batista enquanto o padre Miguel Vital de Freitas Mourão era o pároco de Abaeté em 02 períodos - de 1900 a 1922 e de 1925 a 1938.
Vida no Rio:
Após contrair matrimônio foram morar em uma grande, porém humilde casa de assoalho na margem direita do Indaiá, na fazenda da família de Floripes. Era um casarão que obedecia a bela arquitetura colonial rural, de assoalho e com um porão térreo, onde as galinhas botavam. Das janelas era possível ver as claras plantações de arroz na beira do rio, bem como de feijão e milho. Os gêneros eram para a subsistência da família. As vacas de leite chegavam até na porta, naquela paisagem pitoresca. Ali nasceram todos os filhos do casal, que se deslocava entre Tiros-MG e a Serra do Palmital/Paineiras-MG, como vemos nas certidões de batismo de alguns de seus filhos.
Serra do Palmital, em 1934. Padrinhos.
Mudança para o Cedro
Pedro decide vender uma pequena propriedade que possuía no Gamelão, herança de seu pai e se mudar para a vila de Cedro. Neste tempo, fins da década de 40, não havia casas pra alugar porque o local era muito pequeno. O recurso foi aparecer com o senhor Miguel Guimarães, que conhecia Pedro da atividade do garimpo e conseguiu para ele uma casa em sua propriedade. Era um barracão de chão batido, na beira de uma meia encosta, perto de uma mina d'água, no quintal de onde atualmente fica a casa de Dirce Ferreira. Ainda suas filhas mais novas eram solteiras, e todos os dias era preciso buscar água em um pequeno córrego que corre no fundo do terreno. Com o tempo administrando suas economias, Pedro adquiriu uma casa onde hoje é a Câmara dos Vereadores e colocou ali um comércio com o marido de sua filha Gení. Tempos depois comprou uma casa antiga onde hoje é a creche municipal. Dali veio ainda a viverem na casa paroquial e por último na casa ao lado do Armazém do Tõe Tunico, onde passaram seus últimos dias.
Viagens para Goiás
Quando a mãe de Floripes ficara viúva, logo se mudou para Goiás, morar com uma de suas filhas em uma localidade perto da cidade de Rubiataba. Após dois anos da mudança da mãe, Floripes foi visitá-la. Em Rubiataba também estava morando Elza, filha de Floripes. Nos tempos de solteira, era Elza quem cuidava dos irmãos quando a mãe sofria alguma das frequentes complicações do puerpério, tanto que ela se tornou madrinha de minha avó Waldete que tinha apenas dois anos de idade na ocasião da viagem. Inclusive Waldete acabou ficando com sua madrinha em Goiás por alguns meses. Não suportando a saudade, Floripes foi buscar a pequena Waldete e foi esta a ultima vez que viu sua mãe Maria José.
Descendência:
Floripes e Pedro tiveram os seguintes filhos:
Clarinda Soares de Almeida (1926)
Elza Soares de Oliveira (1928) - Batizada em Paineiras.
Oswaldo Soares de Oliveira (1932) - Batizado em Tiros.
Geni Soares de Almeida
Neide Soares de Almeida
Nely Soares de Almeida
Waldete Soares de Almeida (1938) - Batizada em Abaeté.
Marta Soares de
Almeida
Floriano Soares de Oliveira
Memórias
Floripes era uma pessoa muito doce, assim lembrada por todos em Cedro. Lembro-me de passar aos domingos pela manhã na porta de sua casa e ela estava na janela sempre com um sorriso e oferecendo os biscoitos que preparava tão bem. Também gostava de costurar. Pedro era culto e se interessava por leitura e economia. Todos se recordam do casal com boas histórias.
Bispo de Luz (Dom Belchior) e os Soares de Almeida. Por vários anos o casal viveu na casa anexa à Igreja (atual casa paroquial).
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