AS PRIMEIRAS DENOMINAÇÕES DAS RUAS DE CEDRO DO ABAETÉ - REFERÊNCIAS AO BRASIL COLÔNIA, IMPÉRIO E REPÚBLICA.
A Lei Nº 151 do ano de 1954 nomeou as primeiras ruas da "Vila de Cedro de Abaeté". Foi promulgada pelo então prefeito de Abaeté, o Dr. Amador Álvares da Silva. Os nomes são uma aula de história regional. A começar pelo “Alferes Manuel Gomes” que em 1796 encontrou nos incultos sertões do Abaeté um diamante de 134 quilates, atraindo os maiores interesses das autoridades portuguesas e também dos "Garimpeiros". Anos depois, o “Capitão Isidoro Amorim", ex-escravo que com seu séquito garimpava e contrabandeava diamantes, entregou ao governador alguns brilhantes recuperados no Rio Indaiá. Com isso, em 1799 foi organizada uma expedição financiada pela Real Fazenda para investigar toda a região, que contava entre seus membros mais ilustres o mineralogista "Dr. Vieira Couto (1752-1827)". Ele batizou esse descoberto como "Nova Lorena Diamantina". Com isso, vários Quartéis de Cavalaria foram construídos para fiscalizar os rios, tendo como seu principal superintendente o "Major José de Deus Lopes (1753-1839)" que posteriormente formou a Fazenda Sant'Anna, estendendo suas posses por uma área que abarcava todo o atual município do Cedro. Em 1807 instala-se a Real Extração Diamantina com toda a sua administração, um garimpo financiado pela Coroa durando até 1809 e tendo como diretor o português "Diogo Vasconcelos". Em 1812 chega aquele que é considerado pai da geologia brasileira, o alemão "Barão de Eschwege", estudando nossa região e por tantas vezes passou pela Serra do Capacete e Pintores a caminho da Mina de Chumbo do Abaeté. Outras ruas fazem referência ao Império do Brazil como "Rua da Independência", "José Bonifácio" e "Duque de Caxias". Em seguida, estão as ruas com alusão ao período republicano "Rua da República" e "Rui Barbosa". Com a chegada do século XX, o "Coronel Francisco Guimarães (1870-1945)" forma sua fazenda Santa Clara e muito fez para que prosperasse o local que foi o embrião de nossa cidade, fazendo-o merecer o nome da rua principal. Entre os fazendeiros estão também o sr. "José Lobato" e "Coronel Inácio Andrade", que empregavam muitos trabalhadores em suas plantações. Sobre o sr. "José Gonçalves Chaves" pouco sabemos, somente que foi pai do sr. José Gonçalves Filho "Zé Flávio" que construiu a primeira casa e comércio do povoado. Por fim, no lugar de maior destaque está a Igreja construída com o suor dos nossos fundadores, desde os mais simples até os mais abastados, onde por tantas vezes adoraram a Jesus e prestaram devoção à sua Mãe sob o título de "Nossa Senhora do Rosário".
Notas:
Destes nomes originais estão ainda preservados os do Coronel Francisco Guimarães, N.S. Do Rosário, Diamantina, José Lobato e José Gonçalves Chaves.
Legal. Uma outra maneira de conhecer a história pelo nome das ruas.
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