JOSÉ SOARES ROMA (1738?-1818), O "NESTOR" DOS SERTÕES DO ABAETÉ.
"O velho, gravura de Edgar Cognat.
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O substantivo Nestor é usado para referir-se a um homem idoso e de grande sabedoria. A referência é ao herói grego, filho de Neleu, o rei de Pilos, e de Clóris, que foi mencionado em obras clássicas como Ilíada e Odisseia. Nestor havia sido um Argonauta e mesmo sendo já bastante velho quando a guerra de Troia começou, manteve sua fama pela coragem e eloquência. Por isso esta figura mítica simboliza a honestidade e a prudência na velhice.
Foi na convivência com um antigo morador dos sertões do Abaeté que o nobre alemão Wilhelm Ludwig Von Eschwege, o Barão de Eschwege, identificou o arquétipo do herói ancião. Este homem era José Soares Roma (cerc. de 1738-1818). Tal comparação não era exagero, de fato Roma participou como poucos homens dos mais importantes períodos no desenvolvimento da região dos rios diamantinos Indaiá e Abaeté tendo conhecido a maior parte dos personagens que forjaram a história dessas paragens. Desde os garimpeiros como Isidoro de Amorim Pereira e Manuel Gomes Batista até autoridades do governo português como o Dr. Diogo de Vasconcelos passando por naturalistas como José Vieira Couto. Soares Roma desempenhou diversos serviços para o progresso daquelas investidas, seja produzindo ferramentas e mantimentos aos primeiros garimpeiros, ajudando na localização de reservas minerais, fornecendo grãos para a Real Extração ou colaborando com seu grande conhecimento prático em diversas áreas que iam desde carpintaria, agricultura, botânica e medicina, fato que deve tornar sua biografia objeto de grande interesse.
Origem:
José Soares Roma nasceu na Freguesia de Sento Sé, Bispado da Bahia, aproximadamente em 1738. Era filho de Antônio Alves da Silva e Martinha Soares.
Posteriormente, mudou-se para Minas Gerais, onde se casou com Maria Tereza de Jesus (1752-?). Sua esposa era filha de Antônio Garcia de Andrade (1719-1780), um português natural dos Açores, e de Teresa Maria de Jesus (1732-?), natural de Ouro Branco. À época do casamento, os pais de Maria Tereza eram moradores no Arraial do Patafufo, que corresponde à atual cidade de Pará de Minas, onde viviam da agricultura.
Como dote de casamento, o sogro de José Soares Roma, que não era rico, lhe doou três cavalos, uma novilha, uma sela, uma farda e quinze oitavas de ouro. Graças a esse apoio financeiro, José Soares Roma pôde comprar uma tenda de ferreiro, período em que consolidou sua habilidade na forja. Vivendo ainda alguns anos no Arraial do Patafufo, mudou-se para os Sertões da Marmelada (região atualmente em Abaeté e Paineiras), ocupando um local chamado "Saco das Jabuticabas", propriedade dos herdeiros da grande fazenda do "Mau-Cabelo". Do primeiro casamento teve quatro filhas: Maria Tereza, Custódia, Teodora e Florinda.
Ao saber que o Saco das Jabuticabas tinha dono, Soares Roma deixou as terras e migrou mais a oeste, também como posseiro, formando as fazendas do Tigre, Macaúbas e Lagoa dos Patos, atual município de Paineiras. Deixou-as como dotes para as filhas. Essas fazendas geraram importantes conflitos fundiários ao longo da primeira metade do século XIX, para mais detalhes sobre esse período, clique aqui.
Anos depois, provavelmente influenciado pelas notícias de riquezas nos sertões incultos do Rio Abaeté, dirigindo-se para lá. O Abaeté abrigou centenas de garimpeiros ilegais a partir da segunda metade do século XVIII, e é provável que Soares Roma tenha se deslocado para ali na década de 1780, com sua família. Além disso, aqueles aventureiros precisavam de provisões pois a vegetação local não é um ambiente favorável para a sobrevivência quando não se têm uma reserva de mantimentos. (4) (5) A partir daí, Soares Roma passa a viver de sua roça, criação de gado e cavalos e prestação de serviços de carpintaria e metalurgia em sua fazenda denominada "Campo Bom do Abaeté". (3)
Acerca desse período nos diz o Barão de Eschewege:
"(...) um certo José Soares Roma, antigo fornecedor de mantimentos aos garimpeiros, e conhecedor de todas as sendas dos contrabandistas de pedras, no sertão". (1)
Em seu livro "Brasil Novo Mundo", Eschwege explica as motivações que fizeram Roma, um "homem íntegro e temente a Deus" a se mudar para o sertão. O ancião confidenciou ao Barão que "já se mudara numerosas vezes e sempre escolhia para morar os lugares onde ainda não haviam chegado as autoridades judiciais nem eclesiásticas: não porque lhes devesse algo, mas porque temia ser acusado por elas".
Após as autoridades portuguesas se interessarem pelas riquezas já conhecidas dos rios Abaeté e Indaiá, começaram a aumentar a presença militar a partir da fundação de quartéis para a Guarda de Cavalaria Regular, além de explorações oficiais como a de 1786. A primeira missão científica ocorreu somente em 1800. (2)
Vieira Couto e a missão de 1800:
Isidoro de Amorim Pereira, o garimpeiro célebre, na impossibilidade de prosseguir no seu contrabando dos diamantes, fez ao Governo a oferta de servir de guia para uma região de grandes riquezas na região do Rio Abaeté. Para isso, apresentou um diamante de 02 oitavas ao então governador da Capitania de Minas Gerais, Bernardo José de Lorena. (1)
Interessado por esta denúncia e atraído pelo fama do diamante do Abaeté (que pesava 07 oitavas e meia e 2 vinténs ) encontrado anos antes por Manuel Gomes Batista e sua tropa de garimpeiros o Governo incumbiu uma expedição contando com um séquito de militares, funcionários da coroa, cartógrafos, além do médico e renomado naturalista Dr. José Vieira Couto para explorar aqueles rios. (2)
Nessa oportunidade, em setembro de 1800, o Dr. Couto também examinou o veeiro de Galena, acompanhado de José Soares Roma como guia. Conforme nos conta naturalista em sua preciosa memória:
"Em suas cabeceiras [do rio Abaeté] demora um rico veeiro de chumbo, mais de doze annos há encontrado por um Antônio Gomes, que hoje exerce o emprego de Thesoureiro da Casa de fundição de Sabará." (2)
Este Gomes tesoureiro que é um dos agraciados na lista de prêmios concedidos aos descobridores do diamante do Abaeté, na verdade é Manoel Gomes Baptista, pai do Antônio Gomes citado, também agraciado com um cargo na Fundição. Francisco de Paula, geólogo mineiro que localizou a jazida mais de 60 anos após sua desativação faz o seguinte relato deste episódio da descoberto dos veeiros de chumbo:
"Os veeiros de Galena Argentífera do ribeirão do Chumbo foram descobertos pelos exploradores de diamantes em 1777 a 1778 que, por acaso, avistaram-os atravessando o Ribeirão do Chumbo, de uma margem a outra" (7)
Hoje sabemos, com base em documentação da época, que a descoberta da jazida de Galena deu-se em 1790, pelo sertanista Manuel de Assumpção Ferraz Sarmento, morador na margem direita do Rio Abaeté.
Papel na Real Extração:
Roma foi bastante útil quando da instalação da Real Extração Diamantina do Abaeté e Indaiá, estabelecida em 1807. Como vemos nos registros, ele se dispôs a mostrar locais onde os diamantes poderiam ser recuperados, além de fornecer grãos como milho e feijão para os sustento das tropas.
Chegou até nós um bilhete de licença passado por Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, caixa da Real Extração Diamantina, como vemos abaixo. Além disso, diversas citações ao serviços prestados por Roma nos arquivos daquela instituição.
Bilhete de licença passado por Diogo Pereira Ribeiro de Vasconcelos, caixa da Real Extração Diamantina de Abaeté ou Lorena, a José Soares Roma, morador na sua fazenda do Campo Bom do Abaeté, onde vive de roça e criação, e matriculado nos livros da extração, para residir com sua família e escravos no Quartel Geral do Indaiá, enquanto convier aos reais interesses. (3)
Ele também foi feitor nos serviços de extração (tropa) do Rio Abaeté, em 1808, com salário de 112.000 réis por ano.
A exploração do Chumbo por Eschwege:
Anos após essa pesquisa, amostras do veeiro foram enviadas a Europa em 1801 que foram ensaiadas para prata no laboratório químico de Coimbra, no ano de 1806 pelo Barão de Eschwege. Em 1811 nosso José Soares Roma foi incumbido por intermédio do comandante do destacamento do Indaiá (José de Deus Lopes) de visitar o veeiro, retirar amostras e abrir uma estrada pelo sertão, preparando elementos para a exploração que viria a ser feita no ano seguinte. Após muitas privações (quase morrendo de inanição) aventuras e trabalhos Roma logra êxito em seu intento. Na ocasião ele já era octogenário, sempre residente no Abaeté e era segundo Eschwege:
"única pessoa que havia visitado numerosas vezes o vieiro de chumbo". (1)
Wilhelm Ludwig von Eschwege (Auer Wasserburg, Hesse, 10 de novembro de 1777 — Kassel, 1 de fevereiro de 1855)
Roma e a instalação da Real Mina:
Soares Roma foi fundamental para a implantação do funcionamento da mina da Galena, que se deu a partir de 1812 com a vinda de Eschwege, juntamente com seu irmão mais novo Ernst von Eschweg, além de mais dois mineiros alemães (um deles deve ter sido João ou Johann Schönewolf), dois soldados de cavalaria e demais condutores de equipamentos e materiais e alguns escravizados. Como ele diz:
"De grande auxílio nos foi Roma, o velho habitante do sertão, pois era pau para toda obra: ferreiro, carpinteiro, sapateiro, alfaiate, curtidor, fabricante de fumo, despenseiro, comerciante, médico e farmacêutico para homens e animais. Seus remédios ele os procurava no mato e nos campos, pois conhecia todas as plantas medicinais, tintórias e oleaginosas. (1)
Com a escassez dos alimentos nos primeiros meses, sobreviver naquelas matas era tarefa difícil pois não há abundância de frutos como outros biomas, para sobreviver era necessário contar com a experiência desses destemidos homens que aprenderam a dominar a natureza a partir das dificuldades. Certa vez o almoço da comitiva de Eschwege foi apenas palmito e sobras de um quati assado:
"Tivemos, assim, de procurar nosso sustento na caça ou contentar-nos com frutas e raízes silvestres, no preparo das quais ninguém suplantava Roma." (...) "só a experiência de Roma lhes podia valer, construindo mundéus grandes e pequenos, onde eram apanhados porcos-do-mato, diversos outros quadrúpedes e, também, pássaros, todos necessários à conservação de suas existências. A próspera plantação de milho, arroz, feijão, abóboras e batata-doce, bem como os frutos silvestres de toda espécie, vieram finalmente pôr fim à miséria reinante" (1)
Provando suas habilidades, surpreendendo até mesmo o exigente espírito alemão de Eschwege, que pouquíssimas vezes elogiava alguém, Soares Roma passa a merecer a direção da mina :
"(...) o velho Roma, a quem resolvera entregar, em recompensa aos seus serviços, a direção dos escravos e da economia do novo estabelecimento.(1)
Amostra do mineral Galena do Ribeirão da Galena - atualmente Patos de Minas-MG. Coletada por Eschwege e enviada ao Museu Nacional - RJ. Fotografada pelo professor Luciano Emerich, meses antes de ser destruída pelo incêndio da instituição.
Habilidades:
Habituado com a escassez de bens o caipira precisa desenvolver tudo o que necesita com matéria prima mais primordial e disponível possível. Até porque os víveres naquela região só eram comprados por preços muito elevados, a que se juntava ainda o custo do transporte, longo de cinco dias. Diante disso, Soares Roma era um mestre na arte de desenvover alternativas, como vemos nesses trechos:
"Carros e outros objetos, que Roma havia feito, facilitavam todos os trabalhos.." "montara também um tear, em que uma das escravas tecia o excelente algodão, previamente desfiado pelas outras."" (.) a construção da canoa, que foi feita da melhor madeira, uma grande peroba de quatro pés de diâmetro e cerca de sessenta de altura, derrubada a propósito. Roma foi o mestre de obras, servindo de carpinteiro o nosso melhor caçador."
"Os ranchos foram aumentados, rebocados e munidos de portas e janelas. Roma fabricou os tijolos, o mestre mineiro queimou a cal. Foram construídos um grande paiol para os cereais colhidos e dezesseis casinhas para os escravos, foram construídas pontes de madeira imputrescível sobre os córregos." "(...) Dois foram postos a aprender o ofício de ferreiro, sob a direção de Roma; dois outros, com um carpinteiro, a se familiarizarem com o machado; um devia estar sempre ocupado com o monjolo, no preparo do fubá, enquanto os restantes derrubavam o mato para uma plantação maior". (1)
Últimos anos :
Com o passar dos anos na Real Mina, o gado se multiplicara, alguns bois de carro tinham sido trazidos por Roma, que também fizera vir de sua fazenda algumas vacas leiteiras, assim como duas galinhas e um galo, que reproduziram com admiração do nobre alemão.
"Uma grande criação de suínos produzia tanta carne e toucinho, que não se conseguia consumi-los inteiramente " (1)
Com o avançar da idade, Soares Roma "reclamava cada vez mais uma vida menos ativa, tinha feito vir toda a sua família e vivia agora junto dos filhos como um patriarca. Uma plantação de cana prosperou admiravelmente, de modo que, no ano seguinte, já se fabricava açúcar e aguardente." (1)
Em 1818, morre o Nestor dos Sertões, naquele lugar ao qual ele tanto se dedicou.
Genealogia:
Do primeiro matrimônio com Maria Tereza de Jesus:
1 - Maria Tereza c.c. Francisco Antônio de Oliveira
2 - Custódia c.c. Manoel Antônio
3 - Teodora c.c. Joaquim da Costa Valle
4 - Florinda c.c. Silvério Alves de Souza
Do segundo matrimônio com Antônia Bárbara Maria, filha de Bernardo José Barbosa e de Felícia Joaquina da Rocha:
1 - Felícia
2 - José
3 - Claudina
4 - Justino
5 - Luís
Testamento de José Soares Roma:
Eu, José Soares Roma, declaro que sou filho da Freguesia de Santo Sé, bispado da Bahia, filho de Antônio Alves da Silva e de sua mulher Martinha Soares.
Declaro que sou católico verdadeiro e professo a lei de Deus. Declaro que fui casado com Maria Tereza de Jesus, filha legitima de Antônio Garcia e de Tereza de Jesus, e de cujo matrimônio tive quatro filhas Maria Thereza casei-a com Francisco Antônio de Oliveira de quem teve dois filhos José e Manoel, e por falecimento desta lhe dei para poder sustentar os meus netos a Fazenda donde se acha morando, e ainda me deve oito mil reis que por ele paguei da parte respectiva dos seus papéis de casamento.
declaro que por ele mandei uma canoa com cargas para a barra do Rio das Velhas que podia render vinte e cinco a trinta mil réis e não me entregou se não um potrinho que o vendi por sete mil e duzentos reis.
Custodia casei-a com Manoel Antônio e lhe de para poder viver lhe dei a Fazenda que vendeu a José de Queirós de Azevedo e outra que vendeu a Francisco Afonso, e três mil reis em dinheiro, e por outra vez mais quatro mil reis, e por outra vez oito mil reis em doze bois por mão de José Alves de Vasconcelos, mais duas vacas quatro mil e oitocentos reis. Teodora casei com Joaquim da Costa Valle e lhe dei a fazenda da Lagoa dos Patos e uma tenda de ferreiro aparelhada que valia quarenta mil réis e assim mais em dinheiro por mão de José de Deos em dinheiro cinquenta e oito mil e oitocentos reis mais uma vaca dois mil e quatrocentos, mais em um potro dez mil reis mais em uma espingarda quatro mil e oitocentos, mais em uma bigorninha três mil reis. Declaro que lhe passei dois recibos para bem de sua justiça pendentes as obras do Quartel da Cachoeira Mansa e ainda não recebi a minha parte que será a que ele disser porque dele confio.
Florinda casei-a com Silvério Alves de Souza e lhe dei a Fazenda donde se acha com casas monjolo carro e carretão e duas vacas que valem quatro mil e oitocentos réis e trabalhei com os meus escravos três meses e sustentei a sua casa em todo este tempo que foi quando foi procurar a sua baicha e mandou-me citar e tirou-me uma sentença a revelia e paguei lhe todas as custas da dita sentença.
Declaro que estive administrando a Mina da Galena do Xumbo e ainda tenho contas que fazer, e dar cujas formas constantes dos meus assentos os quais sertão apresentados ao Ilustríssimo Senhor Barão que dele confio estas contas e dou por feitas as que ele fizer.
Declaro que não devo nada a ninguém e que o dinheiro descontado que me acho com ele em mão são dezesseis mil reis que deles me estou tratando na minha moléstia - Declaro que fui a possuir o Saco das Jaboticabas aonde morei quatro para cinco anos e por conhecer que as ditas terras pertenciam aos herdeiros do Mau Cabelo as fui comprar a um dos ditos herdeiros e lhe fiz compra por duzentos mil reis passando-me so papel de venda não lhe paguei nem lhe passei crédito que isso foi só por circunstancia que me ocorriam e de pois me liberei a sair e deixá-las por não serem minhas e fui vender as minhas benfeitorias a Jose Fernandes por noventa e cinco mil reis e pude a qual papel que de nada vale por este meio ficar com as terras as quais eu lhe não podia vender por não serem minhas e por cuja causa faço esta declaração para desencargo da minha consciência e para em todo o tempo constar fiz esta declaração. Declaro que por falecimento de minha mulher tornei me a casar com Antônia Bárbara Maria filha legítima de Bernardo José Barbosa e de sua mulher Felícia Joaquina da Rocha de cujo matrimonio tive cinco filhos os quais por meu falecimento minha mulher seja tutora deles porque nela acho toda capacidade necessária para ser e por achar gravemente molesto e com meu juízo perfeito faço esta declaração, para todo o tempo constar e passo as justiças de sua Alteza Real que tem todo o vigor necessário como se fora instrumento publico que o faço por me achar em um deserto e se necessário for o passarão em publica forma por em todo o tempo constar e por não saber ler e escrever bem pus e roguei perante as testemunhas abaixo assinadas a Joaquim Marra da silva que este por mim o o fez e somente por mim assinado. Fazenda de Santo Ignácio de Campos Bellos vinte e quatro de fevereiro de 1818. José Soares Roma.
Como testemunhas: Felipe Neri Alves, José Antônio Rodrigues Fontes, Francisco de Paula Machado Manoel Teixieira Sobrinho,
Neste mapa elaborado por Eschwege, vemos à esquerda do Rio Abaeté, entre o Riberão do Andrade e o Ribeirão Sujo uma fazenda com o nome Roma, provavelmente onde Soares Roma viveu. Atualmente a área se encontra na divisa dos municípios de Varjão de Minas - MG e São Gonçalo do Abaeté - MG.
Fonte:
1 - Pluto brasiliensis / W. L. von Eschwege ; tradução do original alemão por Domício de Figueiredo Murta. – Brasília : Senado Federal
2 - Couto, J. V. Memória sobre as minas da Capitania de Minas Gerais... op. cit., p. 68.
3 - APM - SG-cx.71-doc.25
4 - AHU, 1788. Manuscrito, Carta de Luís da Cunha Menezes, governador de Minas Gerais, para Martinho de Melo e Castro, secretário de Estado da Marinha e Ultramar, dando conta das diligências que mandara efetuar para expulsão de garimpeiros nos rios do Sono, Abaeté e outros, e da descoberta de uma grande riqueza diamantina na região
5 - AHU, 1789. Manuscrito, Processos referentes aos requerimentos de Manoel Teixeira de Gueiroga que solicitam reembolso por despesas feitas com fornecimento de armamento ao regimento do Abaeté, 7 mar. 1789 162 AHU, 1796. Manuscrito, Aviso de Luís Pinto de Sousa Coutinho, secretário do Estado, a D. Rodrigo de Sousa Coutinho (presidente do Conselho Ultramarino), enviando o requerimento do pe. Anastasio Gonçalves Pimentel, presbítero secular, de Vila Real do
6 - Karte von Ost-Brasilien. 1831. Eschwege.
7 - Francisco de Paula Oliveira - Anais da Escola de Ouro Preto - 1881.
8 - Luciano Emerich Faria - Mineralogistas e seus estudos sobre os minerais úteis nas Minas Gerais dos períodos colonial e imperial - UFMG - 2019
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